Transformando desafios em oportunidades no setor de joias
Palestra na XVIII Ajorsul Business 2025 falou de upcycling e criações feitas a partir de cerâmica e azulejos
O medo de quebrar copos na infância se tornou inspiração para a arte. O que antes era receio de repressão, Flavia Luce transformou em criatividade, dando nova vida a fragmentos de cerâmica e azulejos quebrados na forma de acessórios únicos. Essa trajetória de reinvenção e sustentabilidade foi o ponto central de sua palestra na XVIII Ajorsul Business 2025, onde abordou o protagonismo empresarial e o upcycling como caminhos para inovação no setor de joias.
Durante sua apresentação, Flavia mostrou como o reaproveitamento criativo pode não apenas reduzir o impacto ambiental, mas também abrir novas possibilidades de design e agregar valor aos produtos.
“As pessoas foram me mostrando que era possível. Eu não tinha ferramentas e nem sabia como fazer. Quando comecei a estudar joalheria contemporânea, dei início à prática de polimentos nas peças. Como porcelana e azulejo não são recicláveis, não há um problema de matéria-prima, porque, se não tiver esse processo de upcycling, ele vai acabar indo para o aterro”, destacou.
Flavia também apresentou o conceito de beachcombing, prática que consiste em coletar objetos e resíduos levados pelo mar às praias, como cacos de vidro, conchas e cerâmicas. Esses materiais, muitas vezes considerados lixo, podem ser transformados em novas peças de design, promovendo a sustentabilidade e ressignificando os elementos descartados pela natureza.
A Ajorsul Business é promovida pela Associação do Comércio de Joias, Relógios e Óptica do Rio Grande do Sul (Ajorsul) e pelo Sindióptica-RS.
Redação: Marcelo Matusiak
