Setembro verde: a importância da conscientização sobre a doação de órgãos
Hospital Sapiranga une-se à campanha no incentivo à doação
O Setembro Verde é uma iniciativa que ocorre no Brasil com atividades durante o mês de setembro que visam trazer informações e conhecimento sobre a importância da doação de órgãos e como ela pode salvar vidas. O médico da UTI Adulto do Hospital Sapiranga, Dr. Pedro Lima, destaca o compromisso da instituição com a doação.
“Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade, um doador pode salvar a vida de até 8 pessoas. Apesar disso, ainda é um assunto desconhecido para muitas famílias. Devido à falta de informações, ainda perdemos muitas oportunidades de salvar vidas. Realizamos um trabalho árduo e constante no desenvolvimento de protocolos internos como, por exemplo, de morte encefálica em parceria com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), multiplicando esperanças e consolidando a vida de muitos pacientes na fila de transplantes” relata.
A decisão da doação por parte dos familiares pode ser difícil, visto que geralmente ocorre em um momento de grande dor e sofrimento. A psicóloga do Hospital Sapiranga, Viviana Blume, pontua que, apesar da complexidade do momento, a doação também pode ressignificar o luto da perda.
“O processo de luto é uma resposta natura à perda de um ente querido, e o impacto disso pode variar de cada pessoa e cada família, da proximidade com esse familiar. No caso da doação de órgãos, o luto pode ser um processo complexo, porque a decisão de doar frequentemente acontece em um momento de intensa dor e por isso o acolhimento se faz muito importante. Acredito que a conscientização não apenas salva vidas, mas também pode dar sentido e conforto ao processo de luto dessas famílias. Elas conseguem transformar a perda em um legado de esperança, de solidariedade, dando um novo sentido e significado”, ressalta.
A psicóloga também destaca a necessidade da população de notificar seus familiares e pessoas próximas sobre a decisão de doar órgãos.
“É fundamental que eu compartilhe com meu familiar meu desejo de ser um doador, pois ele será a minha voz no momento da morte encefálica. Costumo dizer que discutir a morte e nossos desejos com a família é, na verdade, uma conversa sobre a vida, é a oportunidade de expressar meu anseio de contribuir para a vida de outra pessoa. Portanto, falar sobre minha vontade de ser doador com meu familiar é falar de vida”, finaliza.
O Hospital Sapiranga incentiva e reforça o valor desse gesto, que pode transformar a vida de inúmeras pessoas que aguardam por um transplante, representando um recomeço. Com frequência o Hospital realiza a captação de órgãos, como a que ocorreu na última terça-feira (17/09), de uma paciente do sexo feminino de 70 anos.
Redação: Gabriela Dalmas