Semana Estadual de Doação de Órgãos reforça pioneirismo e inovação no RS
Evento reúne autoridades e especialistas para debater avanços e desafios na doação de órgãos no Rio Grande do Sul
A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) marcou presença, na noite da última quarta-feira, 25 de setembro, na abertura da Semana Estadual de Doação de Órgãos, realizada no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS). O encontro contou com a participação do diretor Científico e Cultural da AMRIGS, Dr. Guilherme Napp, que destacou a relevância de debater o assunto.
“A AMRIGS reconhece que a doação de órgãos é um ato de solidariedade que salva vidas. Precisamos continuar unindo esforços para aumentar a conscientização e a prática da doação em nosso estado”, disse.
A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann também esteve presente; além de equipes da Captação Intra-Hospitalar de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIDOTT) e de diversas entidades e instituições engajadas com o tema. O propósito foi promover a conscientização sobre a importância da causa, em sintonia com o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado hoje, 27 de setembro.
“Essa noite foi uma verdadeira demonstração de que estamos unidos com um propósito comum. Nosso objetivo é crescer e evoluir nesta temática. Mas este ato não é o fim. Ele simboliza o compromisso contínuo das instituições em buscar mais”, comentou Arita Bergmann.
RS como pioneiro
O Rio Grande do Sul é um dos estados que se destacam na organização do sistema de captação e transplante de órgãos e tecidos no Brasil, sendo referência, especialmente, em transplantes de pulmão, além de transplantes renais e hepáticos pediátricos.
Suelen Arduin, diretora do Departamento de Regulação do Estado, e Rogério Caruso, chefe da Divisão da Central de Transplantes, apresentaram dados significativos sobre o número de procedimentos realizados no estado, que já superam 17 mil.
Em setembro, entrou em operação o Gerenciamento de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (GEDOTT), software desenvolvido pela Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, que visa integrar equipes e processos de captação em uma plataforma 100% digital.
“A partir deste mês, o sistema começará a ser implementado de forma informatizada e automática, trazendo mais segurança ao processo, reduzindo erros humanos e de dados. Ele também garantirá a integridade e o armazenamento permanente dos prontuários, além de agilizar o processo, já que os tempos de resposta em cada etapa serão monitorados”, explicou Rogério Caruso, um dos responsáveis pela operação da ferramenta.
Uma doação pode salvar até oito vidas
Famílias beneficiadas por transplantes de órgãos, como a de Bárbara Emanuele da Silva Simão, também participaram do evento.
“Hoje tenho uma vida incrível. Nunca respirei tão bem como agora. Sou muito grata por tudo, e não poderia ter feito o transplante em lugar melhor do que Porto Alegre. Seja um doador de órgãos, deixe a vida continuar”, compartilhou Bárbara, emocionada.
A noite foi encerrada com uma apresentação especial de Renato Borghetti e Daniel Torres.
Redação: Juliana Pereira