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Recentemente, temos observado uma tendência preocupante de abertura indiscriminada de novas vagas para faculdades de Medicina. Esta prática, sem um devido planejamento e controle rigoroso, não apenas compromete a qualidade dos cursos oferecidos, mas também ameaça a saúde pública e o futuro dos profissionais.

 

É de conhecimento público que a Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) reduziu o salário dos professores dos cursos de Medicina em 20%. Tal decisão nos alarmou profundamente, pois sabemos que isso pode resultar na desmotivação dos docentes e, consequentemente, na queda do padrão de ensino oferecido aos futuros médicos.

 

A formação de profissionais de saúde de qualidade é fundamental para garantir um atendimento médico eficaz e seguro para todos os cidadãos. A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) reforça que a qualidade do ensino não pode ser comprometida em detrimento de interesses econômicos ou políticos momentâneos. É nosso dever assegurar que todos os estudantes de Medicina recebam uma formação sólida e completa, preparando-os adequadamente para os desafios da prática médica.

 

Além disso, a abertura desenfreada de novas vagas sem um planejamento adequado pode resultar na saturação do mercado de trabalho, exacerbando a falta de oportunidades para os recém-formados e prejudicando ainda mais a qualidade dos serviços de saúde prestados à população.

 

Portanto, a AMRIGS conclama as autoridades competentes, as instituições de ensino e a sociedade civil a unirem esforços para que os cursos de Medicina no Rio Grande do Sul e em todo o país, mantenham os mais altos padrões de excelência acadêmica e ética profissional. Somente assim poderemos assegurar um futuro promissor para a saúde pública e para todos os profissionais.