27/08/2024
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, Hospital Sapiranga alerta para os riscos do cigarro eletrônico
O dia 29 de agosto visa conscientizar e mobilizar a população sobre os malefícios de qualquer tipo de tabaco.
Apesar de apresentarem aroma, sabor e formatos diferentes dos cigarros convencionais, os cigarros eletrônicos oferecem os mesmos riscos à saúde, expondo o corpo ao monóxido de carbono, alcatrão e outras substâncias nocivas, além de conter nicotina, uma substância altamente viciante com diversos efeitos prejudiciais. Segundo Leonardo Haas, pneumologista do Hospital Sapiranga, o cigarro eletrônico pode causar danos significativos à saúde em um período mais curto de uso do que o cigarro tradicional.
“O cigarro eletrônico possui os mesmos riscos do convencional, podendo ocasionar o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. A diferença é que o cigarro eletrônico tem maior potencial de dano à saúde com pouco tempo de exposição’’, destacou.
O pneumologista também relatou que outro tipo de tabaco prejudicial é o narguilé, uma espécie de cachimbo de água de origem oriental, utilizado para fumar tabaco aromatizado.
“Podemos citar também o narguilé, em que há grande exposição ao tabaco e à nicotina em uma única sessão’’, afirmou.
Assim, Leonardo ressalta que um dos principais desafios é reduzir o consumo do cigarro eletrônico, especialmente entre os jovens.
“Conseguir reduzir o consumo, principalmente entre os jovens, dessas novas formas de tabaco, consideradas modinhas, é bastante desafiador, sendo necessário desmistificar a ideia vendida pela indústria de que não é prejudicial à saúde”, pontuou.
No Brasil, a legislação atual em relação ao cigarro eletrônico proíbe a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar.
“A Anvisa manteve a proibição de comercialização e publicidade em votação realizada em abril de 2024, mas existe um projeto de lei tramitando no Senado, com consulta pública em aberto, propondo a liberação do cigarro eletrônico no país. Hoje, já não é proibido o uso individual’’, afirmou Leonardo.
Redação: Gabriela Dalmas