08/05/2024
Movimento Tradicionalista Gaúcho une forças para acolher vítimas da maior tragédia da história do RS
Entidades tradicionalistas estão mobilizadas para auxiliar famílias desabrigadas em todo o estado em meio à devastação causada pelas chuvas
O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) está mobilizando esforços em conjunto com os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) para oferecer apoio e acolhimento às milhares de famílias atingidas pela tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul desde o início da última semana.
“Neste momento de adversidade, estamos vendo o verdadeiro espírito do gaúcho em ação. É inspirador testemunhar a união dos CTGs e do MTG em prol das famílias necessitadas”, afirmou a presidente do MTG, Ilva Goulart.
Na Zona Norte de Porto Alegre, CTG Maragatos, CTG Rubem Berta, CTG Sentinela dos Pampas, CTG Valentes da Tradição, CTG Pousada da Figueira, CTG Coxilha Aberta e CTG Inhanduí, estão abrindo suas portas para receber os desalojados e distribuir doações. Além disso, o 35 CTG está atuando como ponto central para arrecadação e distribuição de recursos.
A solidariedade está presente no CTG Amaranto Pereira. O patrão, Adair Rocha, conta que os trabalhos de ajuda não param.
“Estamos distribuindo roupas e confeccionando naninhas para as crianças. Agora, vamos começar a distribuir as águas que conseguimos no 35 CTG. Nosso trabalho inclui atender pessoas de Alvorada, da enchente, e do bairro Americana, assim como outras localidades onde a situação está difícil. Estamos fazendo o possível para amenizar a situação”, relatou.
No CTG Maragatos, uma das famílias acolhidas compartilhou relato emocionante da saída às pressas das casas no bairro Humaitá. Sofrimento que a pequena Thalita Alves da silva, de 4 anos, tentava aliviar com a chegada de brinquedos que estão sendo doados.
"Alagou e a gente teve que vir para cá com a minha família", relatou.
A avó, Ligia, falou do cenário desolador que a família viveu no momento da saída das casas.
"Foi bem triste. Tenho cinco filhos e todos moram na mesma rua. ou seja, a família toda perdeu tudo. Meu esposo e meu filho ficaram em cima do viaduto Leonel Brizola para ver se conseguiam cuidar ou salvar alguma coisa e a gente foi para o abrigo. Mas daí na segunda da manhã a coisa ficou muito feia, e eles foram resgatados. Graças a Deus que a gente está todos juntos aqui. Fomos recebidos muito bem, tem alimento, tem carinho, um abraço que nessa hora a gente precisa muito. Não tenho palavras, só gratidão mesmo pelo que essas pessoas estão fazendo para a gente aqui. Quando a gente, sair daqui, quero encontrar um meio de agradecer o pessoal do CTG aqui pela hospitalidade”, disse.
O Movimento Tradicionalista Gaúcho ressalta a importância da solidariedade nesse momento difícil e incentiva a população a contribuir com doações e apoio às famílias afetadas. Para mais informações sobre como ajudar, a orientação é entrar em em contato diretamente com os CTGs.
Redação: Marcelo Matusiak
Legenda: Esther de Oliveira, de 5 anos e a mãe Tauana acolhidas no CTG Maragatos
Créditos: Marcelo Matusiak
Legenda: Thalita Alves da Silva, de 4 anos com a avó Lígia