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A prevenção e o diagnóstico precoce de doenças cardíacas em crianças são temas centrais que conectam as especialidades de pediatria e cardiologia. Durante congresso promovido pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), especialistas destacaram a importância da colaboração entre essas áreas para garantir o melhor cuidado para crianças e adolescentes. O evento abordou estratégias para identificação precoce de cardiopatias, ressaltando o papel do pediatra na triagem inicial e no encaminhamento para o cardiologista, quando necessário.

 

“É fundamental que cardiologistas e pediatras trabalhem em estreita colaboração, pois o pediatra é o principal responsável pela saúde integral da criança e do adolescente. Ele precisa estar atento aos sinais precoces de cardiopatias, realizando uma triagem adequada e encaminhando os pacientes ao cardiologista quando há suspeita de problemas cardíacos. O pediatra é, na maioria das vezes, o primeiro a identificar esses sinais, já que dificilmente os pacientes chegam diretamente ao cardiologista. Por isso, é essencial que a medição da pressão arterial se torne um hábito nas consultas pediátricas, pelo menos a partir dos três anos. Esse simples exame clínico pode ser decisivo para identificar condições cardíacas que, se detectadas precocemente, têm maior chance de tratamento e controle”, declarou o cardiologista pediátrico Marcelo Brandão da Silva, membro da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS).

 

Além disso, a atenção aos fatores de risco também foi amplamente discutida. Segundo a cardiologista pediátrica Lívia da Rosa Pauletto, é preciso cautela ao manejar a pressão arterial em pacientes com condições específicas. O espaço contou com a moderação da médica Cláudia Ricachinevsky e participação também do médico  João Luiz Langer Manica.

 

Redação: Marcelo Matusiak