Hospital Sapiranga contará com 5 novos "leitos de calamidade"
Alerta é de sobrecarga nas unidades de internação por conta do cenário de calamidade pública
O Hospital Sapiranga estará disponibilizando de forma temporária, a ampliação de cinco novos leitos de enfermaria destinados a situações de calamidade. Essa medida será temporária e esses leitos serão regulados pelo Estado e financiados pelo Governo Federal, a fim de atender o aumento significativo de internações, tanto da região como de outras regiões atingidas diretamente pela catástrofe que está vivendo o Rio Grande do Sul. Este reforço chega em um momento crítico, quando a instituição enfrenta um aumento significativo no número de internações. Um dos agravantes está sendo a impossibilidade de transferências de pacientes e absorção de outras referências.
“A superlotação tem sido um desafio constante, com pacientes de alta complexidade aguardando um tempo ainda maior por transferências e nesse momento onde muitas instituições ainda não estão conseguindo atender na sua totalidade, o Hospital Sapiranga como um hospital regional, acaba por absorver demandas além das suas referências. Este cenário tem represado o fluxo de atendimento de pacientes da cidade e região”, somados ao aumento das doenças do sistema respiratório, muito comuns nessa época do ano, destaca Elita Herrmann.
A medida foi anunciada após solicitação da Secretaria Estadual da Saúde (SES) e secretarias municipais da saúde. Ao todo, o Ministério da Saúde está destinando R$ 32 milhões para a abertura imediata de 594 “leitos de calamidade” no Rio Grande do Sul. Dessas, cinco são no Hospital Sapiranga. Os valores foram solicitados pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), em reunião no último dia 3 de junho, diante da necessidade de atender à lacuna deixada pelos hospitais atingidos pela enchente que ainda não recuperaram a capacidade plena de atendimento. A CIB é formada pela Secretaria da Saúde e Secretarias Municipais de Saúde. Conforme a portaria, os “leitos de calamidade”, como foram nomeados, devem ficar ativos até outubro.
Redação: Marcelo Matusiak