25/09/2025

Dia Mundial do Coração reforça alerta sobre cardiopatia congênita em crianças

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul destaca importância do diagnóstico precoce e dos avanços no tratamento

O Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, é um momento de conscientização sobre a saúde cardiovascular em todas as idades — inclusive na infância. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) chama a atenção para a cardiopatia congênita, uma das condições mais frequentes entre as doenças cardíacas em crianças. Presente desde o nascimento, ela envolve defeitos estruturais no coração, como comunicações interatriais e interventriculares, e pode comprometer de forma significativa a qualidade de vida se não diagnosticada a tempo.

A pediatra neonatologista e associada da SPRS, Dra. Rita de Cassia Silveira, destaca que a detecção precoce tem sido decisiva para salvar vidas.

“Muitos casos podem ser identificados ainda na gestação através do ecocardiograma fetal, realizado entre 20 e 24 semanas. O ultrassom morfológico também pode levantar suspeitas, e por isso a consulta pré-natal com pediatra e neonatologista é fundamental para organizar os cuidados ao nascimento. Além disso, o teste do coraçãozinho, feito ainda na maternidade, ajuda a detectar cardiopatias críticas antes da alta hospitalar”, afirma.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 29 mil crianças nascem por ano no Brasil com algum tipo de cardiopatia congênita. A cada mil nascidos vivos, de oito a dez apresentam a condição. Para a Dra. Rita, os avanços recentes têm ampliado as possibilidades de tratamento.

“Hoje contamos com ecocardiogramas fetais de alta resolução, ressonância cardíaca pediátrica e tratamentos menos invasivos, como procedimentos por cateter percutâneo. Além disso, a cirurgia cardíaca neonatal se tornou cada vez mais segura, permitindo correções precoces e oferecendo maior qualidade de vida às crianças”, completa.

A SPRS reforça que a data é um convite à reflexão sobre a prevenção, a importância do acompanhamento médico e o acesso à informação. Quanto antes a cardiopatia congênita é diagnosticada, melhores são as chances de intervenção eficaz e de desenvolvimento saudável.

Redação: Marcelo Matusiak


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