Cultura gaúcha rompe fronteiras e é celebrada com diplomação de Embaixadores e Cônsules Honorários
Festejos Farroupilhas 2024 destacam a força da tradição gaúcha em cerimônia no Palácio Piratini, com reconhecimento de líderes que mantêm vivo o legado além do Brasil
O Rio Grande do Sul está presente em cada rincão de seu território e também além das fronteiras do Brasil. A força da cultura gaúcha foi destacada em uma cerimônia no Palácio Piratini, que reconheceu representantes de outros estados e países. Na ocasião, foram entregues Diplomas de Embaixador e Cônsul Honorário do Estado. O evento ocorreu na tarde de quinta-feira, 19 de setembro, no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini.
A cerimônia contou com a presença do governador Eduardo Leite e da presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Ilva Goulart, que homenagearam indivíduos dedicados à preservação e difusão da tradição gaúcha. Entre os agraciados estavam José Haroldo Alves da Silva, do MTG do Paraná (MTG-PR), Mauro Moacir Guimarães Fagundes, representante do MTG de São Paulo (MTG-SP), e Juliana Maris Peixoto Bonato, do MTG de Presidente Castello Branco (MTG-PC). Homenagens internacionais também marcaram a cerimônia, como a de José Valdemir Silva Sarmento, do CTG Amigos do Rio Grande, em Connecticut, EUA, e Nelson Ramos Junior, do CTG Rincão do Imigrante, na Flórida, ambos membros da Confederação Norte-Americana do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro. Além deles, Herbert Meregali Ouriques, do Grupo Vikings de Bombacha, na Noruega, também foi reconhecido pela preservação da cultura no exterior.
"É por meio da nossa cultura que vamos reconstruir o Rio Grande juntos. Meus cumprimentos a todos os gaúchos que levam nossas tradições além das fronteiras e hoje estão sendo homenageados por isso. O dia 20 de setembro não é apenas uma data; é um sentimento que levamos ao longo de todo o ano, rompendo barreiras”, disse a presidenta do MTG.
Em seu discurso descontraído, o governador Eduardo Leite destacou o orgulho gaúcho.
"O gaúcho é o único que se apressa em dizer de onde é, porque carrega o orgulho em seu coração. Costumo dizer que nós não perdemos a Revolução de 1835, apenas mudamos de estratégia: espalhamos gaúchos pelo mundo e estamos tomando conta de tudo”, declarou.
Homenageados
O presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha (CBTG), Francisco Carlos Fighera, reforçou a importante atuação de quem leva as cores do Rio Grande do Sul para outras cidades, estados e países.
“Nosso querido e saudoso comandante, Madoelito Carlos Savaris, costumava dizer que os gaúchos e gaúchas que partiram em busca de seus ideais, navegando em outros barcos, diferem daqueles que permanecem aqui por um simples motivo: a saudade. Ele sempre destacava que, se no próprio solo do Rio Grande já não é fácil manter o tradicionalismo em marcha, como o movimento que é — reconhecido pela ONU como um dos maiores movimentos socioculturais do mundo —, imaginem o desafio que é preservar nossas raízes em outras querências, além das fronteiras do Rio Grande”, disse.
José Haroldo Alves da Silva, do MTG-PR, em nome dos homenageados, expressou o orgulho de manter viva a tradição gaúcha.
"Manter nossas raízes longe da terra natal é um desafio recompensador. Cada esforço reforça nosso compromisso com a cultura gaúcha e o legado que deixaremos para as futuras gerações”, destacou.
Juliana Maris Peixoto Bonato também falou em nome dos homenageados.
"Ser gaúcha sempre representa força e bravura. É ter a certeza de que estamos construindo um legado para as futuras gerações. Gerações que, mesmo nascendo longe do Rio Grande do Sul, escolhem amar, viver e preservar nossas tradições. O tradicionalismo não é imposto, é uma escolha de coração”, declarou.
Redação: Marcelo Matusiak