Cuidados Paliativos na Medicina: uma nova abordagem que transforma vidas
O objetivo é proporcionar suporte abrangente, considerando as necessidades físicas, emocionais e sociais dos pacientes
A Medicina vive em constante evolução e uma das bandeiras mais presentes é a abordagem mais humanizada e integral. Nesse sentido, a Associação Médica do Rio Grande do Sul destaca a importância de falar sobre Cuidados Paliativos, uma abordagem vai além do tratamento da doença, focando no alívio do sofrimento em aspectos físicos, psicossociais e espirituais.
“Apesar da relevância dos Cuidados Paliativos ao longo dos anos, somente em 2022 alcançamos um marco histórico para a Medicina brasileira. Desde então, os estudantes de Medicina passaram a ter contato obrigatório com os conceitos dos Cuidados Paliativos durante a graduação. A mudança foi homologada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação (MEC) em 3 de novembro de 2022, não apenas reconhecendo a importância dos Cuidados Paliativos, mas também capacitando os futuros médicos para lidar com pacientes diagnosticados com condições graves, como câncer, Alzheimer, Parkinson e sequelas agudas de doenças como a COVID-19”, explica o diretor de Comunicação da AMRIGS, Marcos André dos Santos.
A equipe multidisciplinar dos Cuidados Paliativos desempenha um papel crucial nesse processo, composta por médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e cuidadores, além dos próprios familiares.
Inicialmente, os Cuidados Paliativos eram associados principalmente a pacientes com câncer em estágio terminal. Contudo, ao longo dos anos, essa visão foi ampliada para abranger outras condições crônicas e progressivas que afetam a qualidade de vida e ameaçam a continuidade da vida.
A filosofia dos Cuidados Paliativos é sustentada por quatro pilares básicos: comunicação eficaz, controle adequado dos sintomas, apoio à família e trabalho em equipe. Como presidente da AMRIGS, reitero a importância dos Cuidados Paliativos na construção de uma Medicina mais humanizada. A integração desses cuidados na formação médica representa não apenas um avanço educacional, mas também uma transformação na maneira como encaramos o cuidado aos pacientes.