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Com o envelhecimento da população, os cuidados com a saúde cardiológica dos idosos tornaram-se uma prioridade crescente na medicina moderna. As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morbidade e mortalidade nessa faixa etária, exigindo uma abordagem meticulosa e multidisciplinar.

 

O Fórum DECAGE, sob a coordenação de Guilherme Brasil Grezzana, começou com a palestra de Charles Dalegrave, que abordou a “Fibrilação Atrial: Ablação e Profilaxia do Tromboembolismo”, esclarecendo estratégias para o manejo dessa condição, comum entre a população idosa. A segunda apresentação foi conduzida por Bibiana Maggi, que explorou a “Abordagem da Insuficiência Cardíaca no Paciente Idoso”.

 

O segundo bloco, também coordenado por Bibiana Maggi, tratou da “Estenose Aórtica Calcificada Severa e Moderada: Estado da Arte nos Quadros Sintomáticos e Assintomáticos”. O convidado Luciano Barros Pires, especialista em cirurgia cardíaca, falou sobre o manejo da estenose aórtica calcificada severa e moderada, tanto em pacientes sintomáticos quanto assintomáticos. “Embora as opções de tratamento, como a cirurgia de troca de válvula aórtica (SAVR) e o implante transcateter de válvula aórtica (TAVR), apresentem resultados excelentes, ainda não existem terapias eficazes para retardar a progressão da doença. Pesquisas estão em andamento para identificar novos alvos terapêuticos visando prevenir a calcificação valvar, e a durabilidade das válvulas transcateter continua sendo foco de estudos”, explicou.

 

Na apresentação de Marcelo Sabedotti, foi discutida a evolução das indicações para o implante de válvula aórtica por cateter (TAVI). “Desde o primeiro procedimento em 2002, essa técnica transformou o tratamento da estenose aórtica severa. Os critérios de seleção de pacientes e o aumento da expertise dos operadores têm permitido expandir a indicação do TAVI para pacientes mais jovens e com menor risco cirúrgico”, disse.

 

Na sequência, Jairo Monson de Souza Filho discorreu sobre “O Impacto das Medidas Não Farmacológicas no Cuidado ao Idoso”, destacando a relevância de intervenções como mudanças de estilo de vida. Guilherme Brasil Grezzana também abordou “Hipertensão Arterial no Idoso: Metas Pressóricas, Função Cognitiva e Qualidade de Vida”, enfatizando como a hipertensão mal controlada pode afetar o bem-estar dos idosos.

 

O último segmento foi coordenado por Rafaela Bisol, iniciando com Rodrigo Paiva, que discutiu a “Síndrome Coronariana Crônica no Paciente Muito Idoso: Abordagem e Manejo Terapêutico”. “Indivíduos com mais de 75 anos representam um terço dos casos de síndrome coronariana aguda (SCA), e o risco de morte aumenta em 70% a cada década de vida. Sintomas atípicos são comuns nessa faixa etária, o que pode dificultar o diagnóstico”, disse.

 

O médico Carlos Delmar do Amaral Ferreira abordou “Síndromes Isquêmicas Agudas em Idosos: Estratificação de Risco e Manejo Terapêutico”.

 

 

A iniciativa integra as ações do departamento especializado da Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, que tem por finalidades congregar médicos e demais profissionais da saúde que atuam na área de cardiogeriatria e em campos relacionados. O grupo atua com o propósito de promover e facilitar o treinamento formal de médicos, cientistas e profissionais paramédicos na área, além de proporcionar intercâmbio com outros departamentos, sociedades e organizações não governamentais com interesse na cardiogeriatria.

 

 

Congresso SOCERGS 2024

10 a 12 de Outubro

Centro de Eventos Wish Serrano Gramado

Realização: Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul

https://www.socergs.org.br/congresso2024/

 

Redação: Marcelo Matusiak