Capacitação pode evitar 30% das mortes por parada cardíaca
AMRIGS destaca a importância de saber lidar com emergências após o recente caso de parada cardiorrespiratória em jogador uruguaio
A maioria das paradas cardiorrespiratórias e mortes súbitas ocorre fora do ambiente hospitalar, com cerca de 70% desses episódios acontecendo em locais não especializados. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, aproximadamente 30% das mortes por parada cardíaca poderiam ser evitadas com a capacitação adequada em suporte básico de vida.Esse dado sublinha a relevância do conhecimento básico em primeiros socorros, não apenas para profissionais da saúde, mas também para o público leigo. Por conta disso, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) manifesta a preocupação em dispor de conhecimento e qualificação para diferentes tipos de públicos no socorro inicial, até a chegada do médico ou profissional de saúde que vai prestar o atendimento. Esse preparo, pode ser feito no Centro de Simulação e Treinamento da AMRIGS, estrutura existente na sede da entidade equipada com tecnologia de ponta e instrutores que prestam orientações em cursos voltados a médicos e não médicos.
“Quando uma parada cardíaca ocorre, a demora na chegada do atendimento médico pode ser fatal, especialmente se não houver intervenções imediatas. A cada minuto que se passa sem compressões torácicas e sem o uso de um desfibrilador, as chances de sobrevivência diminuem drasticamente. Portanto, é fundamental que a comunidade esteja preparada para agir rapidamente em emergências, iniciando as compressões torácicas e utilizando o desfibrilador até a chegada do socorro avançado”, explica o educador físico e instrutor da SOCERGS, Márcio Nóbrega, parceiro da AMRIGS.
O assunto ganhou destaque recentemente com o caso do jogador uruguaio Juan Izquierdo, de 27 anos, do Nacional, que sofreu uma parada cardiorrespiratória durante uma partida contra o São Paulo no dia 22 de agosto. Ele veio a óbito no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 27 de agosto. A causa do falecimento foi identificada como encefálica, decorrente da parada associada à arritmia cardíaca. Este incidente evidencia a necessidade de capacitação em suporte básico de vida para todos. Escolas, empresas e instituições devem considerar a implementação de treinamentos regulares.
Interessados em mais informações sobre os cursos podem contatar a secretaria da SOCERGS pelo e-mail socergs@socergs.org.br ou pelo WhatsApp (51) 99632-8237.
Redação: Marcelo Matusiak