05/06/2025

Alta de doenças respiratórias pressiona Hospital Sapiranga e acende alerta para uso consciente da emergência

Unidade opera acima da capacidade desde maio, com casos mais graves e impacto direto nos leitos clínicos e de UTI

O Hospital Sapiranga tem enfrentado um expressivo aumento nos atendimentos por doenças respiratórias desde meados de maio. Somente entre maio e os primeiros dias de junho, foram realizados mais de 4 mil atendimentos, com média de 120 pacientes por dia. A maioria dos casos envolve idosos e crianças, dois dos grupos mais vulneráveis a complicações respiratórias.

De acordo com a médica coordenadora da Emergência e Unidades de Internação do Hospital Sapiranga, Dra. Andressa Conti, o cenário atual é de superlotação.

“Estamos operando no limite da capacidade, tanto na emergência quanto nos leitos clínicos e nas UTIs. Os quadros que chegam, têm se mostrado mais graves, especialmente entre pacientes com múltiplas comorbidades ou com histórico de doenças crônicas”, afirmou.

Atualmente, o hospital conta com 54 leitos clínicos SUS, 17 leitos para convênios e particulares, 10 leitos de UTI Adulto e 10 de UTI Neonatal. Todos vêm sendo ocupados de forma contínua nas últimas semanas. Casos de menor gravidade permanecem de 5 a 7 dias internados, enquanto os pacientes mais frágeis podem ultrapassar 14 dias de internação.

Entre os sintomas mais frequentes estão tosse, febre, coriza, dor no corpo, dor de garganta, dor de cabeça e falta de ar. A pneumonia segue como a principal causa de internação, e em muitos casos há necessidade de suporte intensivo, principalmente entre idosos e portadores de doenças crônicas.

O tempo de espera na emergência depende da gravidade do caso e da disponibilidade de leitos. Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser encaminhados ao hospital por meio da regulação da UPA e demais unidades da rede pública. Já no pronto atendimento destinado a convênios e pacientes particulares, o tempo médio entre a chegada e a avaliação médica está em aproximadamente 43 minutos.

Com o aumento da demanda, o hospital reforçou as equipes médica e de enfermagem desde o mês de maio. Ainda assim, reforça que a população tem papel fundamental na redução da sobrecarga dos serviços, evitando procurar a emergência em casos leves e seguindo medidas básicas de prevenção.

Entre as principais orientações para prevenção estão higienizar as mãos com frequência, manter os ambientes bem ventilados, evitar tocar os olhos, nariz e boca sem lavar as mãos, evitar aglomerações, especialmente ao apresentar sintomas gripais, utilizar máscara em locais fechados ou ao apresentar sintomas, e cobrir o nariz e a boca com o braço (e não com as mãos) ao tossir ou espirrar.

“Pedimos que a comunidade procure a emergência apenas em casos de urgência, como febre persistente, falta de ar ou sinais de agravamento. Para sintomas leves, a recomendação é buscar atendimento ambulatorial ou unidades básicas de saúde. Isso garante um atendimento mais ágil a quem realmente precisa”, orienta Dra. Andressa.

Para mais informações sobre o Hospital Sapiranga, entre em contato pelo telefone (51) 3599-8100 ou acesse www.hospitalsapiranga.com.br.

Redação: Marcelo Matusiak

 


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