1ª Jornada dos Serviços Credenciados do RS destaca avanços em Terapêutica Dermatológica
Especialistas discutem novas modalidades de tratamento em evento promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS
A sessão "Casos e Discussões em Terapêutica Dermatológica", coordenada por Dr. André Costa Beber - Universidade Federal de Santa Maria/RS na manhã desta quinta-feira (24/10), trouxe à tona importantes temas da área. A atração faz parte da programação da 1ª Jornada dos Serviços Credenciados do RS que ocorre no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, em Porto Alegre.
A Dra. Lilith Eller, da Santa Casa/UFCSPA, iniciou as apresentações com um estudo sobre Feohifomicose, abordando diversas modalidades terapêuticas e destacando os avanços no tratamento dessa infecção fúngica rara, causada por fungos dematiáceos. Esses fungos podem infectar a pele, tecidos subcutâneos e, em casos mais graves, órgãos internos.
Na sequência, o Dr. Henrique Hauck do Nascimento, da UFSM, apresentou um caso de tratamento de pênfigo foliáceo com rituximabe em um paciente portador de hepatite C, compartilhando os resultados de 10 anos de acompanhamento clínico. A doença autoimune rara, que provoca bolhas e descamação da pele, foi tratada com sucesso, oferecendo novas perspectivas terapêuticas. Por fim, a Dra. Maria Eduarda Teló, do HCPA, encerrou as apresentações discutindo a poroceratose actínica disseminada, uma condição dermatológica caracterizada pelo surgimento de múltiplas lesões papulosas ou placas queratinizadas na pele, frequentemente em áreas expostas ao sol. A médica destacou os desafios terapêuticos da condição.
"Na sessão foi possível ouvir casos de diversos serviços, como a Santa Casa, o Hospital de Clínicas e o Hospital Universitário de Santa Maria que abordaram doenças raras e graves, com destaque para micose em pacientes imunossuprimidos, ressaltando a necessidade de um diagnóstico preciso e apoio laboratorial. Também discutimos a evolução do tratamento do pênfigo, que, graças ao rituximab, teve sua mortalidade drasticamente reduzida, além da necessidade de padronizar seu uso no Brasil. Por fim, abordamos um caso de poroceratose actínica disseminada, destacando a importância de manejar tratamentos tópicos e sistêmicos para condições cutâneas graves", destacou o coordenador da sessão, Dr. André Beber.
Redação: Marcelo Matusiak